segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Botânica - Angiospermas



Durante a viagem fomos apresentados à botânica, com foco no cerrado, que possui flores como a caliandra e plantas como buriti, cagaita, lobeira, ipês, jatobá, pequi e outras. Abaixo temos uma explicação sobre botânica em geral.
Características Gerais das angiospermas A conquista definitiva do ambiente terrestre na evolução dos vegetais ocorre com as angiospermas, pois apresentam maior grau de complexidade, maior diversidade de formas e grande distribuição geográfica.
Estes vegetais apresentam suas sementes protegidas dentro de frutos, que também funcionam como um mecanismo de dispersão para os vegetais. As angiospermas são plantas traqueófitas, com vasos condutores, com variação de tamanho, desde formas herbáceas até arborescentes.
A Estrutura da Flor das Angiospermas A flor é uma ramificação de crescimento limitado, que apresenta quatro tipos de folha modificada (verticilos), sendo dois verticilos férteis: o androceu (o conjunto de estames) e o gineceu (o conjunto de pistilos); os dois verticilos estéreis- que formam o perianto - composto pelo cálice (de cor verde e formado por sépalas) e pela corola (de cores vivas e formada por pétalas). As flores podem ser hermafroditas, mas também existem flores unissexuais. A forma da flor é de grande importância para a classificação das angiospermas. Reprodução O pólen ou esporo masculino é produzido nos estames. A passagem dos grãos de pólen dos estames aos pistilos (esporângio feminino) da mesma flor ou de outra chama-se polinização. Dependendo da maneira pela qual esse transporte se dá, a polinização pode ser: entomófila, realizada por insetos que carregam o pólen nas patas, ou anemófila, quando o vento carrega o pólen de uma flor para outra. As flores de polinização entomófilas possuem cheiros e cores intensos e produzem substâncias açucaradas (néctar) para atrair os insetos e facilitar o transporte do pólen. O fruto, berço mais seguro.
Após a fecundação, o primórdio seminal transforma-se em semente. O ovário da flor transforma-se em fruto, que guarda e protege a semente até que as condições externas estejam adequadas para a germinação. O fruto possui uma cobertura (pericarpo), constituída por três camadas. Se o pericarpo for seco e fino, o fruto é seco (trigo, noz, avelã, semente de girassol); quando é suculento, o fruto é carnoso. Existe grande variedade de frutos carnosos, como as bagas (tomate, uva), as drupas (pêssego, ameixa, azeitona) e os pomos (pêra, maçã, marmelo).
Classificação das Angiospermas Para simplificar a classificação no dia-a-dia, naturalmente, em algumas áreas do conhecimento passou-se a utilizar as designações Monocotiledôneas e Dicotiledôneas. É uma forma mais simples de referir-se às plantas separando-as em dois grandes grupos principais. As monocotiledôneas pertencem à classe Liliopsida enquanto as dicotiledôneas pertencem à classe Magnoliopsida.
Há diferenças marcantes entre cada grupo, quanto à germinação e emergência, desenvolvimento, crescimento e órgãos de reprodução o que permite rápida identificação. Segue-se uma explicação das principais diferenças de modo a fazer com que mesmo sem grande conhecimento em botânica, qualquer um consiga distinguir a qual grupo pertence determinada planta.
Quanto à germinação e emergência:
As monocotiledôneas, ao germinarem, emitem uma folha pequena folha para acima da superfície do solo. As dicotiledôneas, por sua vez, elevam, ao emergir, seus cotilédones acima da superfície. Os cotilédones abrem-se parecendo “folhas” que vão murchando na medida em que a planta cresce.
Quanto ao crescimento e desenvolvimento:
As monocotiledôneas desenvolvem folhas estreitas, mais compridas que largas e com as nervuras das folhas paralelas. As folhas de grama e milho são exemplos.
As folhas das dicotiledôneas, por sua vez, são mais largas que compridas, com formas mais arredondadas. Existe uma nervura central na folha, com várias nervuras secundárias que podem se encontrar ou não no limbo foliar. Folhas de amoreira e laranjeira são bons exemplos.
As raízes de monocotiledôneas são densas e extremamente ramificadas, não há raiz principal. É a chamada raiz fasciculada.
Nas dicotiledôneas, há uma raiz principal, com maior diâmetro e comprimento que as demais, pouco ramificada. Chamada de raiz pivotante ou axial.
Quanto aos órgãos de reprodução:
As monocotiledôneas possuem flores trímeras, ou seja, várias partes que compõem as flores estão presentes em número de três ou múltiplos de três: três pétalas, três sépalas, três estames etc. Nas dicotiledôneas, as peças florais estão em numero de cinco ou múltiplos de cinco.
O conhecimento desta maneira de classificação das plantas, tem muitas utilizações práticas. Com este conhecimento em mãos podemos concluir por exemplo, que devemos fazer covas mais profundas para plantar dicotiledôneas do que para plantar monocotiledôneas, devido ao tipo de crescimento de raiz.
Outro exemplo importante, é que alguns herbicidas seletivos controlam apenas dicotiledôneas não atingindo monocotiledôneas, facilitando o controle destas daninhas no gramado.
Exemplos:
Exemplos de monocotiledôneas: Gramíneas, arroz, milho, cereais, centeio, trigo, aveia, cana, palmeiras, e de dicotiledôneas: leguminosas (amendoim, feijão, soja, lentilha e ervilha), ipê, jacarandá, roseiras, paineira.

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