domingo, 24 de agosto de 2008

Santuário do Caraça


Clima: No verão a temperatura chega aos 25ºC, sendo a melhor estação para banhar-se nas cachoeiras e piscinas naturais. O inverno, entretanto, favorece a prática do trekking. As noites no Caraça são bastante frias. O clima se relaciona com Brasília pelo fato de haver a distinção entre estação seca (inverno) e estação chuvosa(verão). Seria um clima típico de savana.


Vegetação: O Parque possui uma vegetação muito peculiar. É um dos poucos lugares onde se encontra a vegetação de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Destacam-se as orquídeas nativas e algumas plantas carnívoras. Por decorrência da presença do cerrado na maior parte da área de preservação o aspecto seco das plantas e o escleromorfismo (forma dura) se fazem presente, isso ocorre pela necessidade de reter líquidos em secas prolongadas.


Relevo: A Serra do Caraça é composta por montanhas e morros íngremes e picos que chegam a passar dos 2.000 m de altitude. Além das suas formações rochosas em ângulo agudo possui muitos cursos d'água.


História e Cultura: Acredita-se que o primeiro homem a chegar ao Caraça foi o Irmão Lourenço, no ano de 1770. Lá ele ergueu um altar, que nove anos depois se transformou na Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Esta foi a primeira igreja em estilo neogótico do Brasil, bem mais iluminada que as barrocas, possui vitrais franceses, uma imagem de São Pio Mártir (soldado romano cristão), arcos ogivais. Após a morte de Irmão Lourenço, D. João VI ofereceu as terras do Caraça aos padres lazarista portugueses. São eles que fundaram o Colégio Caraça. A escola se caracterizou por sua seriedade e disciplina. Grande parte da elite intelectual do país passou pelo Colégio, inclusive cinco presidentes brasileiros. Em 1968 um incêndio pôs fim ao funcionamento do Colégio. Atualmente as ruínas do incêndio foram transformadas em pousada e centro cultural.


Visita: Durante a visita, visitamos primeiramente a Igreja de Nossa Senhora mãe dos homens, neogótica, depois as ruínas do Colégio do Caraça, onde ocorreu um incêndio e onde hoje funciona um museu. Na mata, percebemos a transição entre a mata Atlântica e o Cerrado no solo e na vegetação principalmente. Além disso, lá encontramos em nosso caminho o escleromorfismo oligotrófico, do qual fala-se no texto sobre o cerrado; liquens, que são mutualismos que ocorrem entre um ser fotossintetizante (alga ou cianobactéria) e um fungo; galhas, ou ovos de borboleta; micos; além de insetos sociais, também estudados no texto sobre Cerrado.

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