segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Museu Manuelzão


Após a visita à Igrejinha, o grupo foi ao Museu Manuelzão, que era a casa onde ele viveu. Lá encontramos vários quadros do sertanejo na parede, todas as condecorações que Manuelzão recebeu durante sua vida, um quarto que guarda sua famosa capa cinza e um de seus chapéus, além de outros objetos. Na copa, alguns móveis, uma caixa grande azul e muitos canivetes. Na entrada do quarto onde dormia o vaqueiro, a frase "quando a gente dorme, vira de tudo: vira pedra, vira flor". Da obra de Guimarães Rosa, escritor mineiro que imortalizou o vaqueiro, o escrito está bem acima dos dois pares de chinelos usados por Manuelzão. Na cozinha, o fogão de lenha, o filtro d'água, e um armário antigo. No quintal, um banquinho que durante a tarde Manuelzão costumava ficar sentado. De frente pro banquinho, um forno grande, o quarto de arreio. Lá dentro, sua cela, uma cama de mola.


Apesar do museu, os habitantes do povoado conservam a memória viva daquele homem de prosa agradável e memória fascinante, que veio a falecer em 1998. A história e experiência de Manuelzão mantêm viva uma época em que o homem e a natureza não conviviam com tantos conflitos. Assim como na literatura de Guimarães Rosa, que busca preservar a vida e a linguagem sertaneja, o Projeto Manuelzão luta por preservar não apenas o sertão, mas toda a bacia do Rio das Velhas

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